A palavra escondida
Chorada, sentida
A que não foi dita
Virou silêncio
Perdeu-se assim
E em mim, calada
A sós, guardada
Chamou-se fim
A palavra escondida
De dor doída
Virou castigo
Não se satisfaz
É a mesma palavra
Que escondeu verdades
Mas suas vontades
Não calou jamais
A palavra escondida
Muda, sofrida
Sufoca meu grito
Não sabe dizer
Que sempre te espero
Na timidez, se cala
E sem ter vez, não fala
Que ainda te quero
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DA MINHA MUDEZ
A palavra contida
No peito, retida,
Da minha mudez
Que ouso esconder
Na dor tão doída
Eu busco guarida
Na estranha nudez
Do anoitecer.
A frase estancada
Esteve guardada
Tão muda, fadada,
A se segurar.
Expressão de dor
Dos restos de amor
Tal qual agressor
A me machucar.
Contudo, o pranto,
E meu desencanto
Não vão me calar
Assim eu espero...
Libero o sorriso
Momento preciso
Tu hás de voltar...
Posto que te quero
(Maravilhosa interação de Milla Pereira; Obrigada de coração, amiga, por esse carinho lindo!)