DIGA-ME!

DIGA-ME! (c/áudio)

Queria colocar uma pedra no passado.

Achava possível fazer isso

E continuar a vida como se nada tivesse acontecido.

É sério, eu queria!

Até que você ressurgiu.

Mesmo que eu tivesse conseguido colocar a pedra,

Nem uma montanha inteira resolveria.

Nada poderia encobrir esse sentimento.

Agora, você diz que veio pra ficar,

Que nada mais irá nos abalar.

Preciso pensar um pouco, tenho medo.

Você pode me dar um tempo?

Fica muito difícil, decidir de repente.

Você é mesmo surpreendente,

Escolheu, justamente, uma noite de luar,

Noite de amar.

Em certas épocas parece que a saudade aumenta,

Mas, na verdade não aumenta,

Apenas deixa seu estado latente e se manifesta,

Porque certas saudades são eternas!

Nessas horas vazias, o coração fica cheio dessa saudade!

Sabe, eu nem respirei enquanto você passava por mim.

Dei a maior bandeira, eu sei.

Mas, eu sou mesmo assim.

Enquanto a razão diz que não,

A insensatez diz que sim.

Diga-me, então,

O que, realmente, você quer de mim?

Jeronimo Madureira

06/05/2010.

*Inspirado na poesia "Aventura", da poetisa Sirlene Rosa, publicada no Recanto das Letras.

(http://www.recantodasletras.com.br/poesias/2238906)