Julgo-te, pois, aquela fêmea
Que conhece o valor da pura gente
E que, às vezes, se finge de inocente
E subtrai, da vida, a pura sêmea.
Fazes pulsar, nas veias, a magia
Do nosso tempo que demais abrange
E cultiva, no centro da falange,
O sangue quente que nunca resfria.
E por assim dizer-te da forma tal
Qual passas e de mim vem e te esquivas
Junto o que fazes a crime passional,
Pois me matas enquanto salivas.
E percebo o teu coração, o mesmo o qual
O tamanho é, deveras, três olivas.