Nesse instante dei-te alma na minha alma
dei-te cor no meu olhar
deite o meu sangue a fluir
correndo sem se ver a palpitar
surgiram as raízes do teu ser entre o meu ser
num crescendo, dei-te corpo e nesse corpo
criei mãos de ilusão a percorrer
meus sonhos famintos
dei-te lábios que bebessem nestes meus
a avidez de sentir
caminhos que levassem ao langor
e dei-te corpo inteiro no meu corpo
dei-te sonho e pensamento
dei-te poemas e alento
inventando-te, entreguei-me
por inteiro, sem cansaço, em desespero
Na memória busco agora
o reino onde te guardas, meu amor!
13/03/2007