Eu ando entre os vãos de cada torpe pensamento
No cerne das lembranças...no que ficou lá atrás!
Renasço em cada flor que brota dos momentos,
Em cada madrugada que alvorada me apraz.
Derreto no calor de cada abraço esquecido,
Depois solidifico para poder continuar...
Seguindo qual um vento sem ter norte definido
De encontro às tempestades, sem ter hora pra voltar.
Eu ando pelas tardes, dou carona ao sol poente
Mesmo assim brilho contente pelas noites sem luar!
Eu ando abatida qual uma flor desfalecida
Ao calor- já ressequida!- sem ter tempo pra chorar.
Eu ando a circular pelas correntes das cidades
entorpecida nas saudades...eu ando assim...a versejar...