INGRATIDÃO
Carmo Vasconcelos
Perdoe-me Deus a minha ingratidão!
São por demais as bênçãos que recebo...
Brinda-me a Natureza em que me enlevo,
No peito inda galopa o coração!
Os básicos instintos satisfeitos,
O pão, a veste, o lar em harmonia,
A honra, o respeito, a fé e a alegria,
O amor dos filhos queridos e eleitos!
E como dádiva de Deus, suprema!
Vibra em meu seio a preciosa gema
Da poesia… Esse fúlgido diamante!
E eu... Que ambiciosa criatura!...
Ouso sentir-me em larga desventura
Por meu amado estar de mim distante!
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18/Fevº/2007
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In E-Book "Sonetos escolhidos II"
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