Santos e Heróis
Deixar a mente divagar
pelos que lutaram e morreram
pelos seus ideais.
Observar os que deixaram
seu sangue lavar
a sua obra de vida
pelas martirizações.
Não sentir temer a morte,
mas não estar disposto
a perder a vida inutilmente.
Não lamentar pelos que morreram,
pois estes parecem ter vivificado
as suas memórias.
Mortos estão os que se supõem
proprietários da vida.
Os objetivos do espírito
iluminam a alma.
E a alma sente a sua filiação divina,
é luz que insiste em fazer-se viva
em meio às terríveis trevas.
É força viva e obstinada
que anda pelos
caminhos da eternidade
em busca de uma nova aurora.