Amor e Ódio
Drama ou comédia,
sabe-se lá,
apenas mais uma peça,
um ato a ser representado
com o zelo da dedicação,
com ator e autor
mesclando-se num só ser
criado a partir da mistura
de cotidiano com a suposta
existência da alma.
E neste interpretar,
fingindo querer morrer,
mas desejando viver,
criando assim máscaras
de amor e ódio,
para se defender
da vulnerabilidade do coração,
causada pelo intenso amor.
E nem sempre a razão
a tudo responde,
vezes, a insanidade
se faz mais oportuna.
Assim não entender bem,
mas defender-se do incompreensível,
buscando as forças ocultas da alma,
criando personagens
feitos de luzes, mas também de trevas.
Visando unicamente ser luz,
mas mergulhando
com impulso viril na escuridão,
imaginando defender a luz.
Qual engano...qual desvio
Humilde lampejo, pequeno lume
em meio ao escuro,
mas, sem dúvida,
uma obstinada vontade
por linhas tortas,
querendo escrever
uma história de luz.
