Oito de maio
Deitado na relva,
Diante da casa
Da casa que cresci.
A flor se rompia
Flutuava no ar
Em meio a visão
Pensei: alucinação!
O que há de espantoso?
Nada de novo
Nunca vi o vento
Nem eletricidade, nem magneto.
O que há séculos foi pressentido
Temido, anunciado
O medo do invisível
Agora chegou.
De todas as lendas
Fadas, bruxas e duendes
Eram dele que falavam
Vampiro invisível.
O Horla
O Horla
O Horla
O Horla
O brometo não faz efeito
Água e leite
Respiração como alimento
Só as duchas, amenizam o sofrimento.
"Será que uma das teclas imperceptíveis do teclado cerebral não se encontra paralisada?”
*Baseado na obra “O Horla” de Guy de Maupassant