Naquele caminho
as pedras são como o tempo.
Calcadas no chão
dos passos,
dos passantes,
dos passados.
Justapostas
mas nunca se tocam.
São como irmãs separadas.
Pequenas,
miúdas,
diversas.
Assim há de ser sempre
pisadas,
sem vida,
sem quina
separando jardins,
cercando rosas
sem nunca toca-las.
Pedras polidas
pelos pés que passam.
E elas ficam
cobertas de pétalas.
Tristes,
quietas,
imutáveis.