Casulo
Entre os dentes, fiapos de luz
E, na ponta da lingua
O que me dói ou excita...
E o amor...! Este não mingua!
Em minhas mãos retesadas,
A beleza da vida, sem contorno...
Sobre o papel em branco, sonham rimas
Inocentes, extremadas,
Feito graciosas meninas.
_ No casulo, sem nenhum adorno,
A metamorfose da inspiração...
Em pura seda eu me enclausuro
Devoto-me num fervor de incenso...
E vou gestando em silêncio
Esta ternura imensa onde me depuro!
__De repente, doce magia:_ do lenço,
Asas abertas, de sol embevecidas,
__ Rimas..! borboleteando, elas adejam o poema.
E vão buscar do dia, a claridade...!