Modelo-te vagarosamente! Envolvo-te nas mãos, Qual argila informe... Com teu riso fácil, Teu ar indomável, charmoso... Às vezes debochado, ardiloso, Delicioso e despojado! Acaricio-te os lábios, Olhos, pescoço... Perco-me em lembranças! Intrépidas recordações!
Moldo-te passo a passo, Em pensamentos dolorosos... E arremesso-te fora?
Oh dor inenarrável! Oh desafio imensurável!
Esquecer-te!
Lançar sobre tuas marcas sutis, Cinzelando no cérebro quebrantado A palavra cruel: Passado!
Inquiro aos céus: Que fazer quando vens e soergues Repentinamente? Enlaçando-me, Entrelaçando-te em minhas emoções? Reavivando o olhar, E o riso, o canto, Atrelado a meiguice E te entregas aos meus sonhos?
Que faço agora? Se te colas indomável, Insaciável...em meus dias?
E teu vulto risonho brinca, Aconchegando-te, Beijando-me, quando menos espero?