Ainda estou de pé!
Ainda estou de pé,
De braços abertos virados à tempestade,
Num clamor surdo, sem que peça caridade,
E tudo o que me resta, é pouca fé!
Da história, já apagaram as minhas letras,
E a lenta e triste espera,
É um nulo, ou o vazio que me resta,
Enquanto daqui admiro a esfera.
As nuvens limitaram o horizonte,
O dia fica cruel e não há hora que conte,
Nem incrédulo que me afronte,
Não há Sol que me ilumine,
Não há rio que me refresque,
Não há sal que me tempere,
Não há vida neste mundo,
E o dia passou, já escurece!
Nenúfar 10/3/2009