20/12/2008 Ontem te deixei adormecido. Assim tal qual sonho quieto, vivido, acalentado, escondido... E vagarosamente voltei a andar pela praia. Corri, nadei, outra vez sorri, cantei e construí castelos de areia repletos de conchinhas encontradas. E senti o vento brando e adocicado deslizar em minha pele, sossegando minha vida. Caminhei pisando a areia esbranquiçada, enquanto em mim o sol morno resplandecia. Estás comigo. Assim feito broche esculpido em sonhos adormecidos. O riso aflora em mim, quando parada, quieta, sem refletir quase nada, olho para minhas mãos e vejo, as pedrinhas lá estão. Coloridas, engraçadas e maravilhosamente encantadas. Levanto-me e sigo. Estás quieto. Parece adormecido, e eu prossigo. A estrada deserta já não causa medo. Antes de sair deixei-te um recado. Acorda-me do sonho se quiseres. E voltarei a acariciar teu rosto e teus cabelos, e sentarei contigo e ouvirei tuas canções.