Trago a lembrança de mágoas,
Resgato-as em tristes canções,
Recordo da briga que tive,
E de todas as decepções.
No fundo um bocado da carga,
De todas minhas recordações,
Não são servidas de árduas,
São doces momentos de emoções.
Eu levo muito amor comigo,
No meio de tanto pesadelo,
Vivendo assim no receio,
De não merecer o troco do amor.
Me querem solta pra cantar,
Me chamam ás vezes pra dançar,
As músicas que não sintonizam,
A ritmia do meu pulsar.
Eu trago tanto desespero,
Eu quero meu amor em seu zelo,
Mesmo sabendo sofre-lo,
Não quero te-lo ao meio.
Não maldigam por favor,
A teimosia de ter esse amor,
Eu amo com tanto sabor,
Que até o amargo saliva bem.
Eu quero paz e sossego,
Não quero ter mais desapego,
Se eu fui ferida ou feri,
Um dia poderá cicatrizar.
Mas já que lateja a dor,
Sofrer e esperar acalmar,
Não acalma, só agoniza,
O que ainda quer respirar.