CAVALEIRO DE CEDRO
DE Olympio de Azevedo
O corpo do cavaleiro cavalga a potranca
Contra o vento no lençol da alva planície
Em vale aberto às águas do rei Salomão
O sedém de assidagã entorpece a mente
Faz do sonho a passagem para realidade
Erecto sentir em teu ventre a quentura
No ar o aroma do cio impregna a alma
O teu respirar pérfido é descompassado
Mostra na face rubra a dose em aflitivo
Querer possuir o corpo mágico de amar
Os dedos aflitos memorizam as curvas
A garganta seca esconde a saliva doce
Puro veneno de uma beleza sacerdotal
Natureza imortal embevecida no sabor
Acre inerente estimulante dos amantes
O sol que queima as entranhas da terra
Desata nó dos cinco sentidos aflorados
Ouvem-se os sinos das alegrias festivas
Tambores marcam o compasso binário
O perfume das rosas anuncia a vitória
Visão da fé estimulante dos seios da lua
Liberta o baleado aguerrido das estrelas
Cadente de tuas caldas de luminosidade
O arco-íris floresce aos primeiros pingos
Na Casa de Cedro do Líbano vem a paz...
10 DE AGOSTO DE 2008
(ESCUTE EM AUDIO)
Estudo e releitura "Cântico dos Cânticos" - Rei Salomão
pelo poeta Olympio de Azevedo
Um dos poemas mais bonitos de sua lavra, por isso o audio...