Violetas Imperiais

Publicado por: Aecio Flávio
Data: 29/11/2006

Créditos

Músicade Francis Lopes e Meirelle ;brocey Versão de: Ariovaldo Pires teclados: Aécio Flávio Intérprete(voz): Souza gravada no Home Stúdio da Rua Ladislau Neto - Tijuca - Rio

Violetas Imperiais

(gravação na sessão Áudio)

(minha homenagem a "Souza, o pedreiro-faz tudo que foi Calouro da Rádio Nacional...")

Lembram daquelas antigas crônicas na revista Seleções, "Meu Tipo Inesquecível"? Eu lia na minha adolescência e sabia que um dia teria o meu tipo inesquecível pra contar a história... só não sabia que seria neste Recanto!

Pois bem; Quando desmontei meu Stúdio de gravação num prédio comercial, para reconstrui-lo em casa,com a devida permissão da Aurea, conhecí o Souza,um mulato magro, alto que era um pedreiro-pintor polivalente que desmontou e remontou o Stúdio, praticamente sozinho.Duas coisas nos aproximaram : Souza, como eu tinha uma prótese no lugar de um dos olhos;Eu na vista direita e ele na vista esquerda, curioso; O segundo motivo menos estético e muito mais artístico: Souza tinha uma possante voz de barítono que me fez perguntar: Voce já experimentou cantar, Souza?

No que ele encheu o peito, ajeitou a postura e disse com um meio sorriso orgulhoso: "Eu já fui Calouro da Rádio Nacional, maestro".Me tratava assim, com uma certa cerimônia que a princípio me incomodava mas depois que viramos "amigos de infância", passou a funcionar como uma cumplicidade e ele gostava disto;conversa vai, conversa vem, alguns cafezinhos depois Sentei e experimentei o Teclado Souza foi se aprochegando e pediu com respeito: dó maior, maestro,Violetas Imperiais...No que arpejei uma introdução ele mandou com a maior segurança.".Violetas Imperiais..."Quando o músico gosta da voz do cantor, o acompanhamento sai mais caprichado, com frases que se contrapõem ao canto( aliás Contraponto não tem nada contra...é, completamente a favor...) Terminamos a música nós mesmos nos aplaudindo...sabe criança solta na confeitaria... Souza parecia uma delas Que bonita voz de Barótono, disse pra ele e pra mim mesmo! Dias depois experimenta daquí, ajeita dalí, meu filho Renato instalou a mesa de gravação, ajeitou o microfone e eu disse: Souza; GRAVANDO!

SENHORAS e SENHORES: com voces uma gravação exclusivíssima de um brasileiro, pedreiro de profissão com alma de Passarinho: Meu amigo Souza, que foi calouro da Rádio Nacional, até o dia que não o deixaram concorrer mais, porque ganhava TODAS! (meu tipo Inesquecível)

(Ouça a canção com o Souza, na sessão Áudio)

Aecio Flávio
Enviado por Aecio Flávio em 29/11/2006
Reeditado em 31/12/2006
Código do texto: T304867