É aprendiz de sábio, quem no espelho
Nota a sua imagem bastante embaçada.
Ansioso, pois nunca vira que o aparelho
Pudesse mostrá-lo nesta baita enrascada.
Acontece, que o tempo lhe pregara a peça,
De fazê-lo acostumar-se com sua imagem,
Olhando sempre, sem buscar na cabeça,
O que de fato existia, afora a plumagem.
Assustado, gasta bom tempo pensando:
“Como pude criar esta imagem distorcida?
Como o tempo passou e fui me maltratando...”
Reage, e corajoso, repensa, vê toda sua vida:
Quem eu sou? O que na vida, posso querer?
Para onde eu vou? Como achar meu saber?
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