A Carmen
-que se foi tão jovem ainda-
Carmen, carmesim da lembrança
Teu perfume a jasmin da bonança
Aos meus olhos tristes, esperança
Trazes-me ao pensamento o sorriso
Que ao meu sentimento era aviso
Da tua partida abrupta, improviso
Não vi nos teus olhos verdes audazes
Nos momentos fortuitos, lilases
Que passamos... tão lindos, fugazes
Onde fostes? Onde estás?
Quisera agora encher o peito e num grito
Ecoar teu nome entre os volteios do vento
Para que trouxesses ao meu coração o alento
E o carinho sereno de que necessito
Carmen, Carmencita, Carminha!
Lisboa, 01/02/2008