TRAPOS - LENYA TERRA

O vento sibila como açoite,

tremulando no varal

os trapos das minhas ilusões.

O negrume da noite

encharca-os de sereno gélido,

e petrifica a esperança

no catre das minhas noites vazias.

Cada movimento é um rasgo,

Um desentrelaçar de dor,

Um desfraldar de agonias,

Uma ferida lavada ,

Cujo chorume se mistura

Ao de outras vidas vadias...