Manhã de tão densa neblina...
Cidade ainda era cansaço!
Do alto ouvi a Corruíra...
Cantando de amor...ao Sanhaço.
O sol ainda sonolento,
Tentava então despertar,
Montanhas apartavam o vento,
Espetáculo muito singular.
As folhas já eram de outono...
Sanhaço nelas a se balouçar,
Corruíra... ainda com sono,
Tentava seu canto ensaiar!
De voz tão melodiosa!
Amiga tão boa de bico!
Cantava ao Sanhaço assanhado,
No Bico saudava o amigo!
Sanhaço estava tão entretido,
No pé de pitanga a picar...
Sequer ouviu a Corruíra,
Num galho a tão bem gorjear!
No pé da montanha encantada
Na mata de tantos passarinhos!
Sanhaço apenas lutava...
Das frutas, pelos pedacinhos!
E a Corruíra coitada!
Tentando encantar o amiguinho,
Ficou rouca, esguelada...
Nem era mais um passarinho!
A noite chegou bem depressa...
Sanhaço...já de papo estufado!
Corruíra pegou o seu canto...
Foi cantar lá em outro telhado.
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NOTA DO AUTOR
Dedico este singelo trabalho, às crianças, e ao espírito do dia INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE, quase como um apelo ao Mundo:
Que a consciência ecológica sempre cante mais alto, que seja propagada e defendida, para que possamos preservar o planeta para as próximas gerações. O MAIOR ESPETÁCULO AINDA É A VIDA!
Esse...o nosso maior e mais difícil legado.