Araucárias congeladas...
Folhas verdes, oxidadas!
Sob a névoa no horizonte,
Se derrrete a madrugada.
Sol se ergue de mansinho
Lá no alto da alvorada...
E amorna o destino,
Do vôo da passarada.
Bem -Te- Vi estava dormindo,
No ápice da invernada,
Ligeirinho fez seu ninho
Pra enfrentar a empreitada!
Jõao de Barro-passarinho
De mãos tão arquitetadas,
Sequer sai do seu quentinho!
Do seu leito entre as palhas!
Sábia guardou seu canto...
Já com a voz bem resfriada,
Adormeceu no encanto
Do sonho da revoada!
Pintassilgo pequenino
Teve a asinha machucada...
Se encolheu bem rapidinho
Entre as folhas desbotadas!
Maritacas barulhentas...
Repousaram sua voz!
Algumas estão rabujetas
Pelo inverno tão atróz!
E as cigarras malfaladas,
Sempre ao ócio do cantar!
Adormecem congeladas!
Nem assim vão trabalhar!
O luar que era tão amplo,
Reduziu a iluminada!
Agora é mero espanto,
Entre a neve congelada!
Algumas estrelas pendentes,
Cadentes na madrugada,
São só folhas descendentes,
Dos plátanos...escorregadas!
E o siLencio do momento...
É a voz recém chegada,
São os versos...desalento!
Frias cores pinceladas.