Olhos secos
Ou marejados
Garganta apertada
Pulsantes as emoções...
E assim... as despedidas se dão...
Entre beijos e abraços apertados
E acenos entristecidos
Ou não...
Pois há quem se despede
Sem nada dizer...
Num improvisado adeus
Talvez...
Ah, as despedidas...
Quem nunca se despediu
De Algo
De um sonho
De uma narrativa
Ou de um amado alguém?
Ah, as despedidas...
Despedidas sempre doem...
Por quê?
Por quê?
Por quê?
Sangram por dento
Mas ninguém vê...
As Despedidas
sangram e doem...
Despedidas doem...
Por quê?
Por quê?
Por quê?
Dores que se entranham
e deixam sequelas
Na alma da gente...
Despedidas doem...
Por quê?
Por quê?
Por quê?
Porque não somos avatares?
Porque não somos inteligências artificiais
Por somos dotados de sentimentos e emoções
Por que somos seres humanos?
Sim... porque somos
HUMANOS...
... porque somos
HUMANOS...
As despedidas doem...
Doem
Doem
Doem
Despedidas doem e como doem...
Sim, há dores atrozes...
... e como doem..
Despedidas doem...
Por quê?
Por quê?
Por quê?
Porque nos apegamos?
Porque as ausências espinham a alma?
Porque as perdas mesmo momentâneas
Ferem a alma da gente...
Despedidas doem...
Ainda que venham os reencontros...
As despedidas fazem e farão
parte da história da gente...