Ah, pequenino, és tão pequeno perante o universo,
Mas tão grande comparado as dores de teu peito.
Nas costas carregas o peso de um passado adverso,
Tua cabeça não descansa quando te deitas em teu leito…
No teu passado, deixasses amores, amigos, infância, juventude
E de cada um deles trouxesse para o presente alguma virtude.
Dos amores aprendesse que nem sempre o esforço dará certo,
Dos amigos, que é possível gostar de alguém que não está mais perto.
Da infância carregas lembranças doces desse momento tão terno,
Da juventude aprendizado de que nada, nem ninguém é eterno.
E com cada um desses aprendizados, tu constrói o teu caminho,
Como um pássaro desajeitado que bate asas após deixar o ninho.
Mesmo cansado não ceda a fadiga, não desistas ainda de lutar,
Pois é apenas batalhando que se chega a algum lugar,
E se puder te fazer um apelo antes da despedida,
Não deixeis de ser tu mesmo, não importa o tamanho da tua ferida!