Nasce uma nova emoção...
Inominável ainda, teoricamente indefinida, mas completa na essência.
Indeterminada, porém plena, onde o ódio impõe sua ausência.
Com supremacia e vontade própria, transcende a autonomia da alma.
Num transe de luz vinculado à paz, faz-se o poder que vara a aura.
Que perdoa o ato, sepulta a mágoa e sublima a dor.
Que dizima a tristeza, expulsa o mal e aniquila o rancor.
Fecho os olhos e enxergo a luz que transpõe a matéria.
Que abraça o mundo, que colore o nada e se torna etérea.
Compõe o mais belo som saindo dos poros abertos do pranto.
Que seca a lágrima, dá voz ao grito e entoa o canto.