Minha saudade, bela e grandiosa,
por que me vem, assim, tão... tão antiga,
dos tempos de ouro, a fase mais amiga,
de uma áurea infância, plena e esplendorosa?
E vem a mim, vestindo cor de rosa,
exalando perfumes em cantiga,
como se fosse a flor que mais me instiga
a caminhar na senda perfumosa.
Essa saudade imensa, magistral,
nasceu na bela e heráldica Sobral,
e ainda agora sinto tal fragrância,
a ponto da saudade, com seu jeito,
pulsar, intermitente, no meu peito...
Vivo a idade outonal, cheia de infância!
J. Udine