A rosa delicada que aparece
nas grades do portão, a perfumar,
enquanto o vento acalma-se, emudece,
ainda continua a murmurar.
E, às vezes, sutilmente, me oferece
a forma graciosa, singular,
de um beijo veludoso que parece
de alguém que prometeu, assim, me amar.
Com sua natureza feminina,
saúda-me, sublime, vespertina,
marcando mais um dia, com efeito,
e evoca, todo o tempo, a sensação
de que entrarei na densa escuridão,
com ela repousando no meu peito.
Paulo Maurício G Silva