Lá fora parece que o tempo não passa, E mostra cidades, que dormem sem pressa Só eu permaneço acordada Saudade danada, que em mim jamais cessa
Luzes, por vezes, invadem janelas Os olhos me traem, anseio a chegada Engano, mais uma parada, Reencontro adiado, cena de novela
Estou indo embora, praquele meu lugar Sabia que um dia eu iria voltar...
Estou indo embora, praquele meu lugar Avisa pra mãe que eu já vou chegar já ...
A mente vagueia, queridas lembranças Quintal, pés descalços, coisas de criança O grito pro almoço, corrida,alegria,
o tempo é a vida doces fantasias ...
Revejo paisagens velhas conhecidas Deixadas num ontem sem ter despedidas Agora, de volta ao caminho Qual ave perdida que encontra seu ninho
Que já estou de volta pra este meu lugar Avisa pra mãe que acabei de chegar...
Que já estou de volta pra este meu lugar Avisa pra mãe que eu voltei pra ficar...
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Algumas lembranças nos tomam de assalto e inspiram textos que nem imaginamos. Numa recente viagem de ônibus, paisagens misturaram-se a memórias da minha terra e essa letra "nasceu" rapidinho. O Parceiro Germano fez os ajustes de alguns versos nas questões da métrica e uma melancólica melodia brotou juntando-se ao tom nostálgico da poesia.
Parceria danada de boa!!!
E eu convido o amigo leitor a ouvir a composição musical.