MERO ACASO

Encontrei a nascente Do riacho vermelho Por um mero acaso No crepúsculo fulgente Do clarividente espelho Que trouxe a flor do raso

Enquanto naturalmente O vento calmo do inverno Varria as secas folhas E pela vida complacente Com o tempo hodierno Fazia pequenas escolhas

Para pelo alto caminho Pelas beiras da quimera Poder ficar enternecido E não perder o carinho Da alma que me espera No universo embevecido