O Mapa da Mão
Olho as mãos farpadas ou riscadas por algum artista,
Tento do desenho tirar o turvo e alegrar a vista,
Sigo as silhuetas da pintura,
Vejo arte, vejo poemas e ternura,
Vejo as metas queimadas,
Novas rotas e empreitadas,
Sigo o risco interrompido,
E do Ipselon marcado, fico pensativo e sentido,
Já me explicaram este mapa,
E mesmo não acreditando, tem coerência disse-me uma Fada,
As marcas do arame farpado onde fiquei preso,
Também são vida, e alegria a esconder o desespero !
Nenúfar