Tão leves
seus sorrisos,
tão breves,
tão precisos,
nos instantes
construídos,
nos instantes
repetidos,
repetidos
nos instantes
construídos,
nos instantes
tão precisos,
tão breves
seus sorrisos,
tão leves...
Onde
já se viram?
Em qual tempo
se beijaram?
Em qual século
se amaram?
O que falam
seus olhos?
O que sugerem
seus lábios?
O que desejam
seus corpos?
As cenas
se misturam:
passado,
presente,
presente,
passado,
se misturam
as cenas:
presente,
futuro,
futuro,
presente.
E tudo
se repete:
olhos
nos olhos,
um sorriso,
uma palavra,
um aviso,
um aceno,
um abraço,
um abraço,
um aceno,
um aviso,
uma palavra,
um sorriso,
olhos
nos olhos
se repete
tudo
de novo...
Presas no tempo
as duas almas
em dois corpos
se encontram,
num carrossel
que não para,
num sonho
tão real,
que parece
não ter um fim.
Onde
já se viram?
Em qual tempo
se beijaram?
Em qual século
se amaram?
O que falam
seus olhos?
O que sugerem
seus lábios?
O que desejam
seus corpos?
André Filho Guarabira
18.07.2024