Dos olhares perplexos, furtados a cada instante
Em que vejo seu pobre semblante confuso, perdido
Derretendo por dentro das lacunas
Que outrora guardava os pequenos detalhes marcados, decorados
De uma entropia ímpar, desigual
Desnivelada pelo declive que existe
Entre o topo do seu entendimento,
E o mais baixo de minha compreensão.
Dos que ansiosamente julgam,
Os juízes ansiosos,
Que tão desconfortavelmente buscam
Por algo semelhante
A uma explicação.
Do porque, e aonde
Da motivação, e do afronte
E muitas outras etapas que residem
Na doce ignorância sobre terceiros
Que não nos devem qualquer motivação.
Ruínas de muralhas inacabáveis; interminadas,
Em fundações rasas que não doam qualquer sustentação.
Defesas prontas, preparadas
Guerras sem inimigos e armas
Ataques sem qualquer razão.
Colete os estilhaços do chão.
Grude-os em formas côncavas, sem orientação
Vista-a, celebre-a, torne-se, viva
Faça uso em qualquer ocasião
Das faces que te olham confusas
Por não lhe caber identificação.
Você
Nem sabe
Quem eu sou.