Vai longe aquela quadra da vida,
Da mocidade perdida,
Do jeito jovem de amar.
Por que a gente guarda lembrança,
Se o coração não descansa,
E sofre só de lembrar?
Você
Trazia flores pra dentro de casa,
Era a pessoa que eu mais amava,
A rosa bela do Itamaracá.
Você
Amanhecia plantando sorrisos,
Cantava o dia em tom de paraíso,
Dava ouvidos pro meu prosear.
Foi longo aquele instante da vida,
No dia da despedida,
A hora de você me deixar.
O tempo encaneceu meu cabelo.
Na foto, que eu guardava com zelo,
Esmaeceu teu olhar.
Quem dera eu pudesse ver novamente
O céu castanho luzente,
O amor do mel desse olhar.
Você
Foi minha vida e felicidade,
Amor com jura de eternidade,
O sol e a lua da minha canção.
Você
Foi o regalo e contentamento,
Fascínio afeto de encantamento,
O amor castanho do meu coração.
(Brasília, fevereiro de 2016)