Valdir Rangel
Um poeta sem caneta
Escrevia rimas,
No seu pensamento
Comparando o amor
Ao sopro do vento
As vezes soprando forte
Outras vezes soprando lento
As vezes silencioso, parado
Esperando a ordem do tempo
O poeta sem caneta
Guardava na sua cabeça
As lembranças distantes
Que viraram saudades
Não tinha um tablet,
Um papel, um pergaminho
Algo que registrasse
Os seus momentos
Alegres ou vázios
E nessa ausência
Apenas gravou
No seu pensamento,
Os registros do seu coração
de barulhos e silêncios!