Hoje o encontrei novamente! Sentado olhar perdido, absorto em, pensamentos. Pele queimada, castigada pelo sol, mãos calejadas...
Parei à sua frente, Só que ele, não viu. Do mar que ele tanto amava, Beleza... não, mais visualizava. Somente o rumor escutava.
O destino tirou-lhe tudo! Mocidade, agilidade, visão tirou, sonhos, fantasias. Levou também seu amor, petrificou seu coração...
Passa as horas, calado sentado à beira do rochedo. De uma coisa ele, não abre mão... Quer sentir a maré... banhar os seus pés deixar o pensamento vagar...
Lembrar da Maria Rita, paixão da sua vida. E de João Pedro... filho querido que, ela lhe deu. Futuro pescador... seria, seu sucessor!
Por ironia do destino, o maior tesouro do velho lobo esse mesmo, mar... carregou... Surgiu, um ponto de interrogação em sua vida, Solidão... foi tudo que o mar... deixou!