Eis que, passando os olhos pelo meu diário, involuntariamente eles se fecharam e viajei, fui a lugares que nunca havia ido antes.
Passei muitas ruas e vielas que me eram estranhas, algumas completamente ermas, outras totalmente aglomeradas, umas com casas simples, mas outras com mansões suntuosas.
Enquanto devaneava passeava por dentro delas de mãos dadas contigo, às vezes, parávamos, trocávamos algumas palavras e alguns beijos e prosseguia a caminhada.
Ah, havia vários turistas que nos olhavam de soslaio, provavelmente eles não percebiam que eu os via.
Depois voltava a realidade e seguia vilarejo afora. Assim meus olhos voltavam a percorrer o velho diário enquanto pela vidraça notava que lá fora à tarde já descambava e dava passagem para que a noite viesse e trouxesse consigo a lua e as estrelas.
Estes eram o sinal que estava na hora de fechar o diário e só na manhã seguinte dar continuidade.