CORAÇÃO EM CAMPO!

Aos campos,

Eu peço-lhes desculpas

Pelas minhas horas.

Ora,

sou qual um corcel,

Que corre em disparada

Sem rédeas e sem cabresto,

A invadir terras de outrem,

Arrebentando as fronteiras da razão...

Ora,

Sou um coração alado,

Cativo e apaixonado

Que os sobrevoa ...

Com a asas da poesia,

Para além do tempo...

Pela minha fantasia.

Aos campos,

Torno a lhes pedir desculpas.

Mas por ora,

Sou um coração de chuvas!

E busco por rimas robustas!

Chovo forte pelas tundras

A alimentar o meu deserto.