Aos campos,
Eu peço-lhes desculpas
Pelas minhas horas.
Ora,
sou qual um corcel,
Que corre em disparada
Sem rédeas e sem cabresto,
A invadir terras de outrem,
Arrebentando as fronteiras da razão...
Ora,
Sou um coração alado,
Cativo e apaixonado
Que os sobrevoa ...
Com a asas da poesia,
Para além do tempo...
Pela minha fantasia.
Aos campos,
Torno a lhes pedir desculpas.
Mas por ora,
Sou um coração de chuvas!
E busco por rimas robustas!
Chovo forte pelas tundras
A alimentar o meu deserto.