FIDEL, O INTELECTUAL
Fidel Castro, o dirigente cubano de oito décadas de vida e 49 anos na direção do Estado, do governo e do Partido Comunista Cubano, pôs um ponto final na sua carreira de dirigente político, mas se mantém no seu posto de orientador ideológico.
O velho guerrilheiro, odiado e execrado no mundo sob o domínio político-cultural dos EUA, porém, segundo algumas fontes é amado pelo seu povo, continua ativo como produtor de artigos publicados dentro e fora de Cuba, inclusive no Brasil – escreve regularmente na Revista Caros Amigos.
Mas, e a sociedade cubana, qual a sua verdadeira história? Há quem acredite piamente que o sistema de governo cubano dos últimos 49 anos foi de extrema opressão e desrespeito aos direitos humanos. A grande imprensa tem investido em massificar essa idéia a cada dia.
Na década de 70 o escritor, jornalista e político mineiro, Fernando Morais, tentou desmistificar essa visão ao descrever no livro “A Ilha” uma temporada em que ali esteve: apesar do sucesso do livro a idéia negativa permaneceu.
O cientista político brasileiro, Emir Sader, em artigo publicado no mês passado, declarou que Fidel foi o homem que teve a ousadia de dirigir a construção de uma sociedade baseada na solidariedade, no humanismo e no respeito aos direitos de todos, a apenas 140 quilômetros de distância da maior potência imperialista da história da humanidade.