O nosso lado!...
O nosso lado!...(Somos felizes e não sabemos?...)
Sem pátria, sem terem onde viver eles esperavam ansiosos irem para algum lugar para simplesmente conseguirem viver!...
Aquela multidão! Centenas de pessoas, homens, mulheres, crianças e idosos, espremidos naquele acampamento, uns expulsos outros fugidos do país de origem que estava em guerra, luta pelo poder, causando destruição e miséria, aquele grupo estava naquele local, perto da fronteira com outro país, que os impedia de entrar, todos haviam deixado casas, o trabalho, toda vida e até os sonhos.
Embora se tivessem o direito de escolha, voltariam a morar e viver na pátria onde nasceram, mas estavam naquele acampamento, à espera do que der e vier, o melhor acontecimento seria que parasse a confusão interior no país, mas isto estava longe de acontecer, outro acontecimento bom, era se conseguissem passar para o outro país livre das confusões reinantes que costumavam presenciar, enquanto isso tentavam adequar àquela condição de vida, e que vida!...
Muitas barracas estendidas naquele chão seco, castigado pelo calor, às vezes ventos frios, coitados, infelizes pessoas! Antes da confusão que culminou em empurra-los naquela situação, já viviam castigados com os terríveis fenômenos da natureza, exigências excessivas religiosas, violência humana de toda espécie, fome por causa da escassez dos alimentos.
Naquele local, estavam amparados dos maus tratos, de serem cruelmente assassinados, mas em compensação, as dificuldades de viverem eram drásticas, as ajudas até que chegavam, pois, pessoas de outras nacionalidades estavam atentas, ajudavam como podiam, mas este amparo não condiziam com a necessidade daquela gente. alguns burlavam a segurança na fronteira e entravam, mas eram raros, na totalidade ficavam à espera de consentimento para morar em outro país, ali cada vivente tinha uma história digna de ser contada, muitos pagaram com a vida tamanho infortúnio! Uma jovem pré-adolescente, na época em que vivia na sua terra, quando ia pra escola, no caminho pisou em uma mina explosiva, perde uma perna, se não fosse encaminhada para um centro hospitalar de primeiro mundo, ficaria completamente inutilizada, depois na volta para o seu país de origem, enfrentou novamente a tragédia, viu tua casa destruída por bombardeios, teu pai, irmão, mortos no meio dos escombros, ela deficiente e a mãe completamente doente, conseguiram ser escolhidas pra viverem num país que lhes deu condições condignas de sobrevivência.
E o nosso lado, este colosso de país, riquezas incalculáveis, vale a pena conferir trechos da poesia do nosso inesquecível poeta, Olavo Bilac: “Olha que céu! Que mar! Que rios! Que floresta!/ A Natureza aqui, perpetuamente em festa,/ É um seio de mãe a transbordar carinhos.
Ah! Inesquecível poeta, o céu continua maravilhoso, pois teu azul do dia, e o resplendor dos astros na noite são intocáveis, mas o resto, temos receio de perder as belezas incontestáveis. As imensidões de terras vazias, as imensidões de brasileiros sem ter onde morar, basta contemplarmos quando viajamos, muitíssimas terras completamente vazias, por exemplo, na minha Minas Gerais, as florestas sempre noticiado: desmatamento incontrolável!...
E alguns dos nossos brasileiros começam a não amar com fé e orgulho a terra onde nasceram, pois, tentam também atravessar as fronteiras, na esperança de terras melhores!...