Foi saber-se mortal, que nos “despertou” para a tarefa de querer aprender.
E valorizou os que amamos
Como o cérebro humano foi “moldado” pelos medos e pelos fetiches, durante milhões de anos...
E tanto o medo da morte como o sentimento de desproteção do homem místico, foram tão profundo e insuportável, que mesmo quando a angústia era “esquecida” no nível consciente, no inconsciente ela continuava gerando fobias, ansiedades, dúvidas ou medos.
Os antigos precisaram criar expectativas que decem algum sentido a existência humana, exorcizasse os seus terrores, e recompensasse os sofrimentos e privações do dia a dia...
Pois o místico precisava se reconciliaria com as crueldades do destino, acalmar os seus sentimentos de desproteção diante da morte, minimizar os trituramentos provocados pelos indecifráveis mistérios da vida. E acalmar a revolta de ter nascido feio, pouco inteligente, sem saúde, sem sorte ou pobre.
Depois de se refugiar no casulo da magia e da superstição, os crentes fabricaram um “Amigo imaginário” e um suposto “Pai celestial” com supostos poderes sem limite sobre o tempo, a matéria, a energia, a vida e a morte...
Mas cujo principal objetivo se resumiria em cuidar do insignificante Universo humano.
Embora a nível individual já existam alguns ateus corajosos, independentes e super inteligentes...
O conforto emocional que as religiões ainda fornecem aos místicos seria tão grande, que os circuitos cerebrais dos místicos prefere se voltar para o mundo da fantasia, como se algum Deus virtual fosse a única saída que existe para o ser humano.
Pois o homem comum é tão místico, tão inseguro e tão ridículo, que para dar um sentido a sua existência; se reconciliar com as crueldades do destino ou recompensar o azar de ter nascido sem alguma característica desejável, ele prefere acreditar em mentiras açucaradas e caregar sempre consigo algum Kit-Deus.
Todavia, pela lógica darwiniana, os mitos e as religiões seriam apenas algum dos primitivos fatores seletivos que teriam ajudado os humanos se reequilibrar e suportar as suas angústia e obrigações.
Pois para contrabalançar as dificuldades existenciais, mesmos os místicos atuais ainda prefeririam fugir da realidade.