A Marcha da Maconha (protesto)

Qualquer que seja a argumentação em favor do consumo de maconha pelo ser humano, seja como medicamento ou por dependência, será ela um despropósito, maconha é droga e como tal deve ser tratada.

Alguns dirão que os efeitos do álcool no ser humano são piores do que a maconha, que vicia até mais facilmente, que o fumo pode ser mais prejudicial a longo prazo.

A discussão em questão aqui não é a maconha ou o álcool, a cocaína ou as drogas sintéticas.

Vício é vício seja do que for. E é prejudicial para o ser humano. Tem gente viciada em comida, em sexo, em drogas, em remédios, em computador, tem gente viciado pelo poder.

Não vamos discutir as conseqüências de “fumar” a maconha, essas conseqüências todo mundo conhece. As conseqüências não estão no ato de fumar, beber, injetar qualquer tipo de droga no ser humano, a conseqüência do vício é a criminalidade advinda do consumo de drogas.

Quem fuma cigarros é tão viciado quanto quem fuma maconha ou cheira cocaína, só que os riscos e as conseqüências não são as mesmas.

Nossos jovens são cooptados para os vícios, na mais tenra idade, dentro das escolas, nas praças públicas, nos cinemas, nas lan house, nas casas de jogos eletrônicos, até dentro de nossas próprias casas.

O viciado é uma pessoa cuja personalidade é tolhida pelo uso da droga, suas forças e desejos são obstruídos pelo consumo da droga, a dependência dessas drogas, tira-lhes a capacidade de raciocínio e convívio em sociedade, fazendo com que tomem atitudes que não tomariam caso estivessem sóbrios. Um viciado, na hora da necessidade de consumo da droga, é capaz de qualquer coisa para conseguir a droga, ele mente, rouba, agride e torna-se violento, até mesmo com as pessoas mais chegadas a ele. De quantos casos sabemos de pais e mães, tios e avós agredidos por viciados, porque lhes negaram dinheiro ou meios para conseguir a droga?

A maioria dos pequenos furtos que acontecem no dia a dia são praticados por pessoas ligadas ao consumo de drogas, eles roubam qualquer coisa que possa ser trocada na “bocada”, por uma “parada” de droga.

As drogas, no Brasil, são comercializadas pode-se dizer “livremente”, ou em pleno centro de São Paulo ou nas esquinas das periferias das cidades da Amazônia.

Todo ser humano tem o direito de fazer o que quiser com seu corpo, é o livre arbítrio, qualquer pessoa, pode drogar-se se quiser desde que seu vício, não prejudique a outras pessoas.

Os ricos se drogam com o seu dinheiro e pouco ou nenhum mal fazem à sociedade, a não ser alimentar o crime e a violência, os pobres, aliciados pelo vício e pelo crime, não tendo dinheiro para sustentar esse vício, roubam as coisas de outras pessoas, objetos conseguidos com muito suor e sacrifício.

Pessoas decentes não se drogam, nem apóiam qualquer tipo de vício.

A tal “Marcha da maconha” é algo que não poderia realmente acontecer, aplausos para a Justiça que a impediu. Fiquei pasmo vendo uma reportagem em que a OAB fazia um protesto contra a Justiça por ter proibido a Marcha da maconha. O direito de ninguém foi cerceado, o que foi proibido foi uma manifestação em favor do consumo e da liberação do consumo de drogas. Já não bastam as desgraças que nos assolam todos os dias?

Certamente as pessoas que se colocam a favor desta “marcha”, não sabem o que é ter dentro de casa uma pessoa viciada em drogas, nunca teve que enfrentar no braço seu filho drogado, querendo praticar violências para conseguir a droga, nunca teve sua carteira assaltada dentro de casa, nunca teve seus objetos de dentro de casa, surrupiados e vendidos ou trocados por drogas em bocadas, nunca teve que entrar em luta corporal com o filho para impedi-lo de drogar-se, nunca teve traficantes e fornecedores de drogas, cobrando dívidas no portão da sua casa e fazendo ameaças.

Se o povo brasileiro quer fazer alguma marcha, dou algumas sugestões:

Vamos marchar pela paz, por melhores salários, por saúde, por melhor educação, por mais transparência nos gastos do governo, por menos corrupção, pelo fim da violência, pela preservação do meio ambiente, e tantos outros motivos que teríamos para marchar e não o fazemos.

Acreucho
Enviado por Acreucho em 14/05/2008
Código do texto: T988655