A GRAVIDEZ E A ORIENTAÇÃO SADIA

Período delicado, a gravidez é responsável por várias alterações de comportamento da gestante. Estas alterações, motivadas pelas necessidades de alimentação, proteção do feto e as atuações hormonais, próprias da gravidez, fazem com que a gestante apresente modificações de conduta, personalidade e de humor.

Precisam ainda, ter uma confiança inabalável em seu médico e alem disto, preparação adequada para a lide com o seu filho.

Numa medicina de massa, entretanto, isto vem sendo cada vez mais causador de insegurança, limitando-se os exames, o ultra-som e raramente a preparação complementar é feita pela disposição de médicos abnegados, que independente da má remuneração dos convênios e do S.U.S., fazem um trabalho sério, levando sua arte a uma condição de quase divindade.

Mas se esta realidade é palpável, se as cesarianas ainda são muitas, praticadas por profissionais que planejam seu descanso, sem uma visão de cuidado com a concepção, é preciso que se criem equipes, de preferência multi-profissionais, que dêem informações e sustentação às gestantes.

Os médicos devem estimular as suas cooperativas a prestarem este serviço extra, que será inclusive, muito valorizado pela sociedade, atuando como demonstrativo de padrão.

Os próprios conveniados, sendo a razão da existência destas cooperativas, deveriam cobrar estes serviços, que em primeira análise, pertecem à medicina preventiva.

Temos visto alguns médicos fazendo palestras sobre suas especialidades, mas não conhecemos um trabalho, como o que propomos.

Imaginem as gestantes submetendo-se a seções de terapia, sob supervisão de psicólogos, que iriam inclusive indicá-las para tratamento de depressão puerperal, caso a detectem?

Ou ainda, assistentes sociais ajudando a orientar problemas familiares que possam gerar problemas reativos nas gestantes.

Isto não custa caro; o Dr. José Aristodemo Pinotti já propôs isto e pôs em prática, nos serviços que inaugurou, com muito sucesso.

Uma visão plural, pode trazer subsídios incríveis às gestantes, principalmente às de primeiro parto. Se levarmos em conta, a quantidade de partos de adolescentes, quantos problemas podem ser evitados.

Outros problemas, como visão e comportamento sexual da gestante, suas carências, como abordar e explicar ao esposo estas carências e seus desejos, tudo isto é um tema fascinante, que deveria ser implementado, o mais rápido possível.

Como consequência, teríamos menos gastos com doenças das crianças, das mães, um melhor entrosamento familiar, a criação e correção de hábitos, visando a ambientação social da família.

Costumamos dizer que para fazermos bolo, temos receitas; para manusearmos algum eletro-doméstico, temos manuais, para exercermos uma profissão, frequentamos um curso. Por quê não preparamos as pessoas, para terem e educarem seus filhos?

A resposta deve ser: Ou por comodismo, ou porque isto não dá muitos votos. O retorno, comprovadamente, é maravilhoso!

Vamos pensar e exigir isto?

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