A Busca
Hoje comemora-se o "Dia das Mães" (se bem que, para mim, separar um dia para algo específico não é bem digerido. Não se acha especial apenas um dia, por rótulos impostos pela sociedade. Mãe é mãe todo dia e o que conta é a atitude; o que realmente faz a diferença é o dia-a-dia. Assim é com o Dia dos Pais, Dia das Crianças, Dia da Sogra, etc.). Em poucas linhas, gostaria de falar sobre muitas coisas. Lendo o jornal, encontrei um fragmento da crônica "Sobre amor e alegria", de Artur da Távola, falecido recentemente.
Diz assim:
"É preciso muito viver, muito desilusionar-se, muito gostar, muito sentir, muito experimentar, muito perder, muito entediar, muito renunciar, para encontrar o próprio amor. Falo do amor guardado não se sabe em que dobra da gente."
Que busca é essa, tão intensa, incessante, perseverante!
Quem já encontrou o próprio amor? O próprio amor seria o amor próprio?
Pude respirar mais aliviada, porque essa busca, eu entendi que não é só minha, particular. É de todos.
E na minha busca, já me perdi e me encontrei várias e várias vezes.
Então, em alguma dobra da minha alma, um dia finalmente terei um encontro decisivo (ou será que não preciso realmente encontrar nada? Talvez o grande lance seja esse mesmo, o procurar, o buscar; talvez essa seja a motivação, a chave mestra, a mola que impulsiona o viver).
Então, hoje, no Dia das Mães, ou em qualquer outro dia, tenha um dia feliz! É o que eu te desejo... encontre-se. Encontre o seu amor.