Ética no Progresso
Progresso. Palavra tão comumente citada nesses tempos modernos, aproximando-se, sua tradução, de desenvolvimento, evolução e pós-modernidade; referência transparente de uma sociedade fausta e produtiva.
Ética. Nobre termo indicador de justiça, paradigma para a aplicação da moral, sinônimo inconfundível de virtude, mortal inimiga dos vícios; tendo seu suporte na ética pessoal para a projeção de uma exemplar ética cívica que construa dignamente a vida social. Fator fundamental para o nascimento do progresso, não podendo este existir sem aquela.
Com a degradação da ética, numa determinada sociedade, é nula toda e qualquer menção ao progresso. Haverá sim, e caracterizando exatamente o oposto, o retrocesso ou a estagnação. Definem-se situações tais quando o posto da ética é preenchido por comportamentos como a injustiça, corrupção, egoísmo, desprezo da honra.
Os processos de humanização e de socialização só encontram êxito com a prática da ética. E para que o progresso se estabeleça, esses dois processos devem atuar no seio da comunidade. Vê-se, pois, que o termo progresso não terá eficácia alguma sem que seja introduzido em suas raízes a ética; e esta se torna, com isso, imprescindível para que aquele possa frutificar no âmbito civil.
A ausência da ética, desencadeando o retrocesso ou estagnação suprimindo o progresso, pode ser claramente observada nas atitudes desprovidas de valores de alguns políticos: seres que declaram abertamente a sua intenção de cumprir as próprias promessas de alavancar o desenvolvimento, mas que não passam de dissimulados publicando apenas sua máscara, sua personagem de bom moço, e não a pessoa execrável que nele habita. São esses entes campos férteis para todas as formas de comportamentos viciosos, intoleráveis e prejudiciais à população. O Progresso não é, portanto, senão o fruto advindo de uma árvore bem cuidada chamada ética.