A TERCEIRA PESSOA NO CASO ISABELA

De fato, existia uma terceira pessoa no caso que abalou o Brasil no final do mês de abril de 2008. O motivador de tão chocante fato, passou despercebido pelas autoridades policiais, pela perícia técnica e científica, pela imprensa, pela população e até pelos familiares da pequena Isabela, morta de forma bizarra e covarde, sem direito à defesa, ao ser ferida, estrangulada e arremessada do 6º andar do edifício onde moravam o pai e a madrasta.

Muito além de interesses próprios, de ódio alimentado há tempo ou nascido num momento de fúria, de índole ou berço, por traz de atitudes desprezíveis como esta, certamente alguém, uma terceira figura, estaria lá.

Quem seria?

Quem teria interesse em ver uma família destruída? Quem incitou o ódio contra uma tão doce e indefesa criaturinha de apenas 5 anos de idade? Quem matou a esperança de quem estava apenas no início da vida? Quem roubou a paz, não apenas daqueles que integram a família, mas, a de milhões de pessoas que clamam juntamente por justiça a qualquer preço?

A resposta está clara e é revelada nas mesmas perguntas feitas acima. O principal culpado, ainda que não o único, é aquele que veio para matar, roubar e destruir (JO 10.10). A saber: Satanás.

O pai da mentira, como também é conhecido, engendra desculpas quase perfeitas, mesmo para aqueles que sabem que são totalmente culpados.

Ele age sem dó; utiliza-se de quem assim se deixa ser usado por ele; conhece as fraquezas e se aproveita dos limites do ser humano; sugere abismos; oferece riquezas e prazeres para ver seus propósitos alcançados; tenta destruir valores criados por Deus.

Sugeriu ao próprio Jesus que se atirasse em um abismo; joga inocentes em abismos de morte a cada dia.

O amor que se esfria a cada dia; pais que cometem atrocidades contra os próprios filhos; filhos que se voltam contra aqueles que lhes dedicaram vida e amor; perda de valores humanos; ódio, egoísmo, vingança. Num mundo onde estas palavras são pronunciadas cada vez mais de forma banal, cenas de terror parecem também já estarem inseridas até mesmo na mente de crianças, ora vítimas, ora peças principais como autores de crimes bárbaros.

Voltando ao caso da pequena Isabela, como será que fica a consciência de quem, sabendo o que fez, nega ou, no mínimo, se omite? Que argumentos e planos são arquitetados por quem tenta sair ileso mesmo diante de tão grave fato? Quem estaria fomentando as desculpas, apagando vestígios, tirando proveito de erros na condução de investigações e de brechas na lei para proteger quem realmente deve? Outra vez, a reposta vem à tona: ele mesmo! O sujo, o inimigo de Deus, a terceira pessoa no caso Isabela.

Inocentar quem foi usado por ele para tais atos, não cabe a nós, afinal, o homem é e deve ser responsabilizado por seus atos e deve, também, sofrer tais danos.

Questionar por quê aconteceu, por quê Deus permitiu tal fato, também não cabe à nós. Certamente, uma quarta pessoa faltou na cena do crime: o próprio Deus! E faltou, não por omissão ou por impotência para impedir o pior, mas, porque ainda permite ao homem, através do livre arbítrio que nos concede, a decisão de agir certo ou errado.

Que Ele encontre lugar todos os dias na nossa vida, como pessoa número um, nos livrando do mal, amém!