ESTREMECIDOS, PORÉM ESPERANÇOSOS.

O Brasil estremeceu duas vezes em poucas semanas. O primeiro abalo veio do caso Isabela, o qual, assim como na perda do ícone da fórmula um, Ayrton Senna, mobilizou-se a nação e várias perguntas permaneceram. Choramos, sentimos, nos envolvemos como se o desastre da queda tivesse ocorrido dentro de nossas casas. Os sentimentos mais diversos nos acometiam enquanto expostos aos dados relacionados ao caso, desde indignação até a tentativa de compreensão. Lembro que Jesus em sua profecia acerca dos dias finais enfatizou no Evangelho de Mateus, “filhos e pais, pais e filhos se odiarão.”

Um profundo desejo de fazer justiça com as próprias mãos viu-se no olhar de muitos, e quem sabe, de cada um de nós. Dissimulação, inverdades, injustiças, dentre outros, nos fariam estar contidos ante a precipitação da formação de opiniões. Afirmamos e desafirmamos, duvidamos e até reafirmamos convicções relacionadas à culpabilidade ou inocência de alguém.

No entanto, uma coisa fica definitivamente estabelecida. A verdade dos fatos existe, é real. Seja a verdade qual for, está implícita na consciência dos reais algozes, da qual não se podem desfazer ou dissimular. Olhar-se-ão nos espelhos e, todos os dias, enquanto não confessarem a sua culpa, viverão assombrados pelo doce olhar de Isabela, uma garotinha de apenas 5 anos. A justiça Divina não se omitirá nisto, certamente.

Ainda sob a pressão dos fatos do prédio em São Paulo, novamente somos tomados de súbito pela informação dos tremores ocorridos em 4 estados brasileiros, com magnitude expressiva para a realidade do País na escala que mede os terremotos. Cientes somos de que estamos, geofisicamente falando, sobre um ambiente tectônico perfeitamente estabelecido e consolidado, sofrendo os efeitos de tremores distantes, muito embora mais freqüentes. Aqui, o que Jesus disse sobre tais tremores em Mateus 24 também me chama a atenção, tremores que aconteceriam em maior proporção em vários lugares.

Nós temos, como igreja que caminha no Mover Celular, no Governo dos !2, profetizado que o Brasil será outro em 2008. Já fazem cerca de sete anos que acontece em Porto Seguro, berço do descobrimento do Brasil, um Congresso de Resgate da Nação. Mas resgatar o que? Resgatar os valores perdidos, o que, de alguma maneira, permite o estremecimento diário da nação ante ao quadro da violência, corrupção, tragédias familiares e desconexão com Deus. Temos orado pelo Brasil e declarado que esta nação já não dorme em berço esplendido e nem mesmo deseja dormir em berços sórdidos e desprovidos. Estamos cientes de que já não acalentamos o “gigante adormecido”, antes, como arautos convictos, proclamamos: “Brasil, volte-se para Deus e para os Seus Valores”.

Uma terra ferida como a nossa, uma terra na qual temos visto a fertilidade de um território para a semeadura do ódio, da indiferença, da prostituição em todos os níveis, do tráfico de drogas, de crianças, de órgãos, de adolescentes e mulheres, da religiosidade falsa, superficial, social e muitas vezes voltada para as posses e o dinheiro, uma terra assim precisa se voltar para Deus e se converter dos seus maus caminhos.

Está escrito na segunda carta de Crônicas, capítulo sete, verso 14: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.”