O Álcool é nosso
A produção de nosso álcool-biocombustível foi acusado de um delito moral, de que a sua produção reduz a área disponível para o plantio de itens destinados à alimentação, ignorando o verdadeiro motivo de que a inflação dos alimentos está ligada à alta do petróleo que repercute no valor dos fretes.
O cultivo da cana no Brasil representa apenas 1% da área cultivável do pais, repito... apenas 1%. E, precisamos importar trigo para o pãozinho nosso de cada dia, pois o nosso trigo não é de boa qualidade e os europeus usam o trigo para a produção de álcool.
A verdade é que o nosso álcool extraído da cana é muito mais barato e funcional do que o álcool extraído da batata e do milho dos EUA ou do álcool extraído da beterraba e do trigo da Europa.
Oras, beterraba, milho, batata e trigo não são alimentos? - A verdade é que os subsídios da Europa e dos Estados Unidos impedem a entrada de nossas lavouras-produtoras de alimentos, e, não havendo mercado externo, consequentemente não há o interesse do aumento do cultivo lavouras-produtoras de alimentos.
Na realidade, o Brasil tem a liderança no mundo no acúmulo de conhecimento da tecnologia do álcool combustível, pois foram quase 30 anos de pesquisa e desenvolvimento e desde que o Japão e a China começaram a prestar atenção no álcool brasileiro é que os países concorrentes, também pesquisadores e também produtores de bios e outros combustíveis sujos, começaram a jogar suas poderosas cartas contra o Brasil, e, lamentável, estamos entrando no jogo deles.
Além do mais, o bagaço da cana, que antes virava adubo, ração animal ou até poluía o meio ambiente, agora fica protegido da umidade para não atrapalhar a queima, que irá gerar energia elétrica – energia limpa, onde até o vapor das chaminés é absorvido pelo canavial. Hoje, das 193 usinas de álcool do estado de São Paulo, 20 funcionam como termoelétricas. Se todas estivessem em operação, a produção de energia seria semelhante a de uma Itaipu.
Dezenas de empresas agroindustriais e agropecuárias, já operam com fontes alternativas de geração de energia, como o aproveitamento das fezes de porcos. Também estão desenvolvendo veículos projetado para emitir apenas vapor d’água e quase nenhum ruído. Desde 16 de novembro de 2006, nas ruas de São Bernardo do Campo (SP), está rodando um ônibus movido por hidrogênio.
Somos lideres da tecnologia do combustível vegetal. Somos lideres da tecnologia da exploração de petróleo em águas profundas. O Brasil possui grandes reservas de ferro e de urânio. Somos lideres da tecnologia do beneficiamento do ferro e da tecnologia que separa o urânio enriquecido para ser usado como combustível nas usinas nucleares.
Possuímos uma das melhores inteligência do planeta e se houvesse investimentos dignos a ciência e tecnologia, o Brasil estaria muito a frente de vários paises, como Estados Unidos e Alemanha.
Apesar desses governos que passaram pelo país, é de admirar que há mais de 30 anos nossa inteligência vem se desenvolvendo. Sempre, com parcos investimentos governamentais, o Brasil, graças aos investimentos privados, se destaca na engenharia genética, na engenharia bélica, na engenharia cibernética, engenharia aeronáutica e outras. O Brasil, com a Engesa, é um grande fornecedor de material bélico para as guerras.
Não é de hoje que a capacidade de nossos cientistas e nossa tecnologia, incomodam. Sabem do potencial que o pais tem e por isso mesmo que querem manter o gigante dormindo, assim, o possível concorrente, permanece sob o domínio dos mais variados interesses externos da cooptação e que formam uma rede interna de negócios escusos.
Neste 22 de abril, data comemorativa do Descobrimento do Brasil, que não é feriado nacional, ainda continuamos cobertos de idiotas úteis ao processo, que não ganham e que não levam nada, nem por fora e nem no aberto, nem por baixo e nem por cima, mas que compram e continua comprando a propaganda deles e promovendo para um consumo doméstico, normalmente promovida por intelectuais ou jornalistas encobrindo e negando a realidade.
Não sei onde os produtores de petróleo estão com a cabeça, ao acharem que podem achacar assim a humanidade, cobrando quase que US$ 130 por um barril, quando seu custo de extração varia de US$ 2 a US$ 10, dependendo de sua localização. Que produto que conhecemos que dá mais de 3.000% de lucro? Só no mundo da fantasia das arábias. É muita burrice imaginar que os países mais evoluídos, e que são seus maiores consumidores, não se sentissem atraídos por uma mina de ouro assim tão fabulosa.
O álcool brasileiro é o melhor do mundo e não tem concorrencia. O fato é aproveitar muito bem e com compentencia esse bom momento, pois os Estados Unidos não estão dormindo. Enganam-se aqueles que acham que os EUA estariam atrás do Brasil em pesquisas sobre meios alternativos de fontes de energia.No momento oportuno, o tio San de gigantesco PIB virão com tudo.
Não sei dizer se são falácias, mas há varias materias vinculadas nos canais National Geographic e Discovery, sobre programas de pesquisas sobre fontes energéticas, onde mostram quatro empresas gigantes nos Estados Unidos que estão desenvolvendo o hidrogênio (água) para movimentar qualquer veículo. Essas 4 empresas, cada uma com uma formulação diferente, já estão em final de pesquisas. Testes em veículos com motor a hidrogênio já estão sendo realizados. Na Europa e no Japão, várias pesquisas similares também estão no final, com carros e ônibus rodando nas ruas para testes, inclusive no Brasil.
Outro invento que exibiram, a de um empresário americano que usa apenas o ar, sem explosivo, para movimentar um motor comum. Seu raciocínio foi simples: quem move nossos carros sempre foi o ar da explosão dos combustíveis, nunca o combustível. Portanto, não há nenhuma necessidade de combustível e sim de ar. Baseado nesse princípio, ele desenvolveu em suas oficinas um carro com compressão de ar nos 4 ou 6 cilindros, sem explosão – Apenas pressão. O armazenamento do ar fica em 2 cilindros em baixo do carro, com capacidade para movimentá-lo por cerca de 300 km. Embora o ar não seja inflamável, poderia existir o risco de os cilindros explodirem, sem fogo, no caso de uma forte colisão. Para praticamente eliminar esse risco, os cilindros são construídos com fibras de carbono trançadas e vulcanizadas, que possuem elasticidade e alta resistência. Em vez de explodir eles se dilatam. Já montou uma pequena fábrica que está vendendo os primeiros veículo nos Estados Unidos e também já está negociando sua patente com várias empresas do Mundo. A fábrica Tata, da Índia, e uma empresa mexicana, compraram a patente e vão começar a produção dentro de poucos meses. Você compra um pequeno compressor e carrega o ar em sua própria garagem. Nas estradas, você carrega nas mangueiras de ar dos postos.
Mas o invento que mais tem chamado a atenção é a do carro elétrico moto-contínuo. Um grande invento, muitas vezes, ocorre a partir de um raciocínio baseado numa lógica bastante simples: O dínamo, que produz a eletricidade, é composto de um eixo rotativo bobinado com fios de cobre, dentro de um campo imantado. Como não existe contacto físico entre o eixo rotativo e o imã que forma o campo imantado, a eletricidade é produzida sem atrito e por isso quase não consome energia. Baseado neste raciocínio lógico e simples, um pesquisador americano desenvolveu um carro elétrico com 2 conjuntos de baterias. Um conjunto para mover o carro e outro para armazenar o excedente de energia que a rotação das rodas vão produzir. A captação é feita em cada uma das 4 rodas do carro. Como o carro produz mais energia do que consome, o excedente de energia ele vende diariamente para a empresa de eletricidade que abastece sua casa, através de uma simples tomada conjugada a um medidor, na sua garagem. Se ele fizer muitos quilômetros no mês, os kws creditados vão pagar a energia que usou em sua casa e ainda receberá um crédito em dinheiro, na sua conta bancária pelos kws excedentes.
Mas no reino do petróleo, ainda não dá para imaginar que tamanhas maravilhas alternativas já estarão em volta de nós dentro de 3 a 5 anos.
Leia também, Cana: a vilã do momento
Link: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/999171
Se houver interesse sobre o álcool, acesse o link abaixo e ouça 30 minutos da entrevista de Marcos Jank, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar, concedida a José Paulo, Salomão Ésper e Joelmir Beting - Jornal Gente, Rádio Bandeirantes, SP.
Link: http://radiobandeirantes.terra.com.br/galeria.asp?PDT=101&ID=262&GAL=35