A autópsia do Corpo de Cristo
Qual a causa Mortis de Cristo?
Não são poucas as incógnitas sobre a vida de cristo, quando se fala de sua paixão e morte , ainda pior, mas paixão? Qual seria? Sofrimento prolongado? Todos falam mas nem mesmo sabem do que dizem. Sua ressurreição é afirmada veementemente. Fé. Nada mais. Sem empirismo fica sem sentido tais respostas para tantas perguntas. Aqueles com extrema fé, não questionam, mas no mundo da razão é prudente o exercício da dúvida. Quanto a morte daquele que perpassa gerações, foi designada para salvar a humanidade, assim disse as escrituras. Mas no Oriente Médio onde viveu o suposto salvador é o lado do mundo mais violento de todos os tempos , e cada vez mais desumano se torna o mundo em que vivemos, entretanto qual foi a salvação que ocorreu? A morte é inerente e nos dias de hoje continuam os falecimentos violentos, extermínios etc... mas o que interessa nesse momento é desvendar qual causa morte de Cristo? Todos dizem que morreu na cruz para a remição dos pecados, morreu por nós e nada mais. E qual a causa da morte? Ninguém comenta, então vamos à um breve relato do que pode ter acontecido.
A autópsia de cristo
O médico Legista americano Frederick Zugibe, revista Istoé (Fevereiro 2008/nº 1998 ano 31), cientificamente, de várias versões de estudiosos, o médico Zugibe dá outra versão da causa mortes de cristo, o que aconteceu realmente com o corpo flagelado e qual real momento ocorreu o ato fatal de sua morte? Dezoito horas de tortura, Segundo Rangel (2008), o que é de duvidar, Cristo à caminho do calvário segundo as escrituras sofreu com flagela mento intenso do seu corpo. Zugibe (2008), 76 anos de idade, debruçou durante cinqüenta anos de sua vida , disse ele, à tentar desvendar o mistério da morte de cristo. Católico e fervoroso, disse ter sido totalmente imparcial ao fazer tal estudo, já que o legista professor da universidade de Columbia nos UEA, perito criminalista, aumentou sua fé com o resultado das pesquisas. Com o máximo de fidelidade foi reconstituindo a crucificação do chamado divino. Então qual a causa clinica no ponto de vista médico? Zugibe (2008), disse que estudiosos anteriores, colocaram em tese diversas versões da causa mortes, como: infarto, asfixia, quando foi suspenso, quando teve suas mãos cravadas e quando seu peito foi perfurado com uma lança jogada por um soldado romano. O legista categoricamente afirma que nada disso poderia ser a causa da morte e atesta: Jesus morreu de parada cardiorrespiratória decorrente de hemorragia e perda de fluídos corpóreos (choque hipovolêmico) seguido de choque traumático decorrentes dos açoites que segundo a Bíblia sagrada, Jesus teria passado. Segundo o médico legista Zugibe (2008), Para que se pudesse chegar à conclusão da causa morte foi necessário à reconstrução de cada etapa de seu sofrimento.
O legista, disse ter trabalhado empiricamente utilizando uma cruz de madeira nas medidas que correspondem as informações históricas sobre a cruz na qual Jesus foi crucificado: (2,34 metros por 2 metros), solicitou voluntários para ser suspenso. O interessante é que o criminalista baseou em candidatos sem nenhum ferimento ou doença aparente, entretanto, creio que influenciaria em um resultado preciso mas, monitorou cada voluntário eletronicamente.
O estudo parte do jardim das oliveiras onde Jesus foi preso e onde chegou em seu mais auto grau de estresse , relatos bíblicos diz que na hora da prisão Jesus com sinais de cansaço e medo das maldades que se avizinhava suou gotas de sangue. Para os religiosos e fanáticos, milagre aparente para salvação da humanidade que se perdia em um mundo de pecado e idolatria, para o Médico legista Zugibe (2008), as gotas de sangue são reais embora rara, mas qualquer pessoa em estrema angustia e medo pode vim a sentir tal sintoma, isso seria um fenônimo que se chama hematitrose, as veias das glândulas sudoríparas se comprimem e se rompem e o sangue se mistura ao suor que é expelido pelo corpo, entretanto não à milagre algum.
Zugibe (2008) disse que se fala muito em seu sofrimento físico mas não se falam em seu sofrimento mental.
“Ele foi vítima de extrema angústia mental e isso drenou e debilitou a sua força física até a exaustão total”
A palidez do rosto de cristo no jardim das Oliveiras, no ponto de vista médico se deu pelo seu medo e angústia: em extremo perigo, tensão, medo e ansiedade o sistema nervoso central é acionado e o fluxo sanguíneo é desviado das regiões periféricas para o cérebro afim de enviar mais força para as estruturas musculares disse Zugibe (2008). É esse fenômeno que dá palidez em rosto de pessoas em extrema angustia e medo.
Segundo a Bíblia, após a condenação, Jesus foi açoitado por ordem de Pilatos, prefeito da Judéia. Para estudar os açoites sofrido pelo suposto salvador, o legista estudou diversos tipos de chicotes daquela época, em que eram usados nos açoites de condenados. Em geral os chicotes eram feitos com 3 (três) tiras e cada uma possuía nas pontas fragmentos de ossos de carneiros, o que causava disseração do corpo do moribundo. A conclusão é que Cristo sofreu 39 ( trinta e nove) chibatadas, o que era previsto nas leis Mosaica, como são 3 (três) tiras o chicote com que foi usado em Cristo, assegura que na soma das três tiras do chicote equivale no total 117 ( cento e dezessete) golpes, as conseqüências de tal tortura, clinicamente seria uma hemorragia fulminante disse o criminalista. Ao final do açoite o Cristo foi coroado rei dos judeus, uma coroa confeccionada de espinhos foi cravada em sua cabeça disse as escrituras sagradas. Zugibe (2008), em busca de precisão nas suas pesquisas e para que houvesse cientificidade, visitou Jerusalém, Roma e o museu de Londres em busca da exata planta que coroou Jesus, entrevistou botânicos e selecionou algumas sementes da suposta planta que transformou a cabeça de Jesus à 2000 (dois mil) anos atrás. A planta brotou e cresceu na casa do pesquisador, assim teve a exata reconstituição da coroa que resuma de Jesus, então concluiu-se que a coroa foi confeccionada da planta espinheiro de cristo sírio, planta comum no Oriente Médio. Segundo botânicos citado por zugibe, os espinhos da planta alem de compridos e fortes, tem capacidade de transfixar o couro cabeludo causando intensas dores. Após este martírio foi amarrado em Jesus um tronco horizontal de 22 kilos, pois cai por terra à idéia de cristo ter carregado a cruz completa. Afirma o legista que Cristo carregou somente o travessão, já que o mastro onde era levantado os condenados ficavam do lado de fora de onde ocorria os castigos e os julgamentos. A hipótese de Jesus ter carregado a cruz completa seria quase remota, haja vista que dessa forma a cruz pesaria em média 90 (noventa) quilos, minaria em estantes a força do condenado. E conforme estudos do pesquisador Zugibe(2008), o trajeto que foi percorrido pelo suposto salvador era em média 8 (oito) quilômetros, o que não seria possível ser carregada nem mesmo por dois indivíduos. Ao chegar no local da crucificação suas mãos foram cravadas com pregos de medida aproximadamente 12,5 centímetros de comprimentos que perfuraram as palmas de suas mãos em baixo do polegar, o que garantiria a sustentação do corpo de cristo na cruz, região onde passam os nervos medianos que quando feridos causam intensas dores, disse Zugibe(2008).
Enfim Cristo é suspenso para vertical e seus pés foram pregados um ao lado do outro, ao contrário do que se mostra em telas e filmes, com sustentação nos pés. O legista critica O filme Paixão de Cristo do diretor Mel Gibson pela infiel situação da crucificação em suas cenas, afirma Zugibe (2008) que o filme contem inúmeros equívocos médicos, científicos e históricos. Jesus, no filme de Gibson, quando preso no jardim das oliveiras leva um intenso golpe no olho, mas afirma o pesquisador que não ouve agressão alguma nessa fase do calvário.
Preso à cruz Cristo passou por impactos físicos.
“À teoria mais propagada é a da morte por asfixia, mas ela jamais foi testada cientificamente. Essa hipótese sustenta que a posição na cruz é incompatível com a respiração, obrigando a vítima a erguer o corpo para conseguir respirar” ( Istoé 2008, pg81).
Então o ato de se levantar se repetiria até à exaustão total de Cristo e morreria por asfixia assim que não mais pudesse se mexer. Zugibe disse que defende esta tese o cirurgião francês Pierre Barbet, que se baseou em enforcamentos nos campos nazistas de Dachau. Mas o pesquisador não satisfeito enfatiza que esta tese é indefensável, pois o basamento com os condenados mencionados são totalmente improváveis, haja vista que os mesmos eram suspensos com os braços acima da cabeça e as pernas soltas no ar. Não se pode comparar com crucificação onde o indivíduo fica com as pernas atadas e os braços em um ângulo de 65 (sessenta e cinco) e 70 (setenta) graus do corpo, sendo que a tese de enforcamentos não se pode prosperar, pois os executados não suportavam mais que 6 (seis) minutos vivos e Cristo passou horas na cruz. Quanto à hipótese de morte por ruptura do coração ou ataque cardíaco é um tanto remoto por se tratar de um homem jovem e de saúde boa; mesmo após exaustiva tortura. “Arteriosclerose e infarto do miocárdio”, Zugibe alega ser muito difício naquela época e naquela região, somente em pessoas bem idosas. O pesquisador disse:
“Prefiro apostar no choque causado pelos traumas e pelas hemorragias. A isso somaram-se as lancinantes dores provenientes dos nervos medianos e plantares, o trauma na caixa torácica, hemorragias pulmonares decorrentes do açoitamento, as dores da nevralgias do trigêmeo e a perda de mais sangue depois que um dos soldados lhe arremessou uma lança no peito, perfurando o átrio direito do coração”.
Assim Zugibe chega à conclusão. Morte por parada cardíaca e respiratória em razão de choque traumático e hipovolêmico, resultante da crucificação.
Considerações finais
Não é possível provar a existência de Cristo, pois não escreveu nada nem tampouco deixou vestígio de sua passagem, o que temos são apenas textos literários e fanáticos espalhados aos quatro cantos do mundo, muitos até acreditam que o divino voltará e outros até mesmo afirmam que são o próprio Cristo. A Única manta que supostamente cobriu Jesus após sua morte, que se encontra no Vaticano já foi contestada e provado sua fraude, entretanto o legista nem passou perto nem mesmo tentou provar a existência do filho do criador mas sim as causas da morte de um homem em condições de extrema tortura, isso ao meu ver, pode ser feito com qualquer indivíduo, e até com mais precisão, já que a ciência médica proporciona tais estudos e a criminalística evoluiu nos últimos tempos. Vejo que a incógnita continua e a pesquisa não dá nem mesmo para garantir a fé da humanidade.