O Viver Só, e suas conseqüências
As pessoas se sentem no direito de julgar o nosso comportamento, mesmo nas formas mais simples, mais espontâneas, mais verdadeiras e ingênuas que possam acontecer. Invadem aquele “íntimo” mais recatado, merecedor do nosso próprio e maior respeito, a conduta severamente acautelada, a não “melindrar” terceiros ou circunstâncias que os envolvam.
Agridem a nossa forma de pensar e de agir, com o “Martelo” que leva o peso de preconceitos, hipocrisia, desinformação e pseudoditames sociais convenientes às circunstâncias daquele momento ...
Na mal disfarçada ânsia do TER, em detrimento do SER, querem, a qualquer custo, nos moldar aos ditames de quem não sabe ao certo, aonde se inicia o CERTO e se finda o ERRADO ..., enquanto nem mesmo existe “parâmetro”, do certo ou do errado, sequer como contido está na ingenuidade do rudimentar discernimento de uma criança !
O “juízo”, enquanto resultado de um julgamento, é inerente à condição de Ser humano ! E, por isso, está sujeito às tendências de interesse pessoal ou coletivo, conforme o local e o momento em que acontece.
Assim, os valores de um “julgamento” e de um “voto eleitoral”, por exemplo, se confundem a partir da assertiva de que “o voto é a única arma do eleitor” ..., portanto, a necessidade do cuidado em não “furar o próprio pé” !!!
O “Espelho” é uma ferramenta essencial, sobretudo quando posta, a sua face, voltada à face de um outro. A ilusão de ótica do “infinito”, que ora surge entre ambos, pode, muitas das vezes, ilustrar com precisão a singular “imparcialidade” daquele que julga ...
Por Alexandre Boechat,
Em 18 de Abril de 2008.