Um anjo que alçou vôo.
Abro todos os jornais e o assunto é um só.O caso Isabella Nardoni.
Estamos sob este impacto, deste aquele maldito dia 29,quando iniciando a madrugada,ouvimos a notícia escabrosa.
Quem matou o pobre anjo?Quem teria coragem de fazer uma atrocidade dessa?
Eu, avó de quatro netinhos,uma da idade da Isabella, a Amanda,parece que abalo mais.Parece que torno-me mais sensível.Confesso, chorei.Não sei discernir se pelo anjinho sufocado ou se pela infelicidade dos suspeitos. Tudo muito triste e infeliz.
Claro que em cada esquina, há muitas Isabellas abandonadas, nas creches sob a guarda da polícia, estas pelo menos ainda que mal abrigadas,encontram-se,espero...a salvo.Quadro muito triste,concordo.
Menores que cheiram cola dia e noite e depois atravessam a pista do Aterro do Flamengo, como se fossem ao banheiro de suas “casas”,por onde sou obrigada a passar e num estalo,viram anjos,como a doce Iza. Não se ouve choro, ninguém lastima e se duvidar ainda dizem..que alívio! E às vezes a própria família.
Pobres crianças pobres.
Isabella comoveu. Envolveu a opinião pública, tomou vulto e ninguém sabe ainda os autores do bárbaro crime.
Conversando com uma sobrinha, logo no início do caso, jovem Juíza de Direito Criminal, disse-me que por sua observação, sem ter acesso aos autos, que seriam o pai e madrasta por experiência no ramo, mas sem juízo de valor profissional.
Já se sabe do temperamento agressivo do pai, já se sabe do descontrole da madastra. Observa-se a fisionomia impassível dos dois .São frios, pelo menos por imagem.Monstros.
Tantas soluções poderiam serem dadas,não é? Poderiam ir ao Juiz relatar que não interessavam mais ver a filha, poderiam colocá-la no carro e levá-la de volta`a mãe, tantas...a opção talvez por atropelo foi: joguemos pela janela mesmo, não antes de ter berrado o nome da confiança e do amor “Papai”, do qual esperava abrigo, confiança.
Maldade...muita maldade.Barbaridade.
Estou falando sem saber a autoria, mas baseada nos indícios oferecidos pela Imprensa.
Vou continuar acompanhando estarrecida.
Há de aparecer a autoria.Confio em Deus e nos Espíritos amigos que tudo vêem . .
Continuo aqui, lendo meus jornais.
Espero, como toda a sociedade, por JUSTIÇA.
Mas com toda minha concepção religiosa, não sei o que faria. Sim, porque nada mais teria a perder. Estaria condenada a nunca mais sorrir, minha vida estaria destruída. Sei lá...Melhor calar.O silêncio é importante nesta hora,visto que pode ser mal compreendido.
À mãe de Isabella Nardoni, as sinceras condolências.